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Volta da mineração à Serra da Piedade causa impactos na vida de moradores

Foto do escritor: Equipe de ComunicaçãoEquipe de Comunicação

Retomada da mineração na Serra da Piedade foi aprovada em fevereiro (Foto, Divulgação AVG)

Fiéis, moradores e frequentadores do Santuário de Nossa Senhora da Piedade, em Caeté, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, já sentem os efeitos da volta da atividade minerária na Serra da Piedade, tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). “É um desrespeito à sociedade como um todo. É uma agressão sem tamanho à Terra Mãe”, disse o padre Fernando César do Nascimento, reitor do santuário.


A retomada da mineração na Serra da Piedade foi aprovada pela Câmara de Atividades Minerárias do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam) em fevereiro deste ano. Conforme acordo homologado pela Justiça, a mineradora AVG poderá extrair somente após recuperação da área explorada anteriormente pela mineradora Brumafer, que teve suas operações suspensas em 2005, deixando um grande passivo ambiental. “Tem movimentação enorme de caminhões com impacto sérios e graves acontecendo. Você não consegue passar no trecho da estrada que liga Caeté à BR-381 sem cruzar com 50 caminhões”, disse o deputado estadual João Vitor Xavier (PSDB). “Não podemos dar as costas para uma situação dessa gravidade, porque é um dos maiores patrimônios de Minas”.


Padre Fernando César relata que a sociedade reage com indignação, mas que alguns moradores são atraídos pela oferta de emprego da AVG. “Infelizmente, vivemos uma realidade marcada pelo desemprego. Sabendo disso, a empresa (AVG) acaba seduzindo uma pequena parcela da sociedade com a promessa de trabalho, um marketing poderoso que omite o que há de negativo e chega a encantar as pessoas que não conseguem dimensionar os prejuízos e ameaças, por não estarem envolvidas diretamente e tecnicamente no processo. A propaganda sobre a oferta de emprego encobre o enorme prejuízo que virá no futuro – que o dinheiro hoje adquirido, fruto do trabalho, será 100% ineficiente para garantir a sobrevivência da população diante das consequências que virão com a degradação do meio ambiente, alerta o padre.

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