A lama tóxica que vazou da barragem de rejeitos de minério de ferro, em Brumadinho (MG), chegará à região de Três Marias, onde se encontrará com a bacia do rio São Francisco, por volta do dia 15 de fevereiro. É a previsão do Serviço Geológico Brasileiro (CPRM), segundo o qual os rejeitos da extração de minério de ferro da mineradora Vale terão percorrido cerca de 300 km pela bacia do rio Paraopeba em duas semanas.
A bacia do rio São Francisco abrange 505 municípios de seis estados, onde vivem 18 milhões de brasileiros, de acordo com a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). Do ponto de vista econômico, o rio conhecido como "Velho Chico" contribui para geração de energia hidrelétrica e para a fruticultura irrigada – principalmente no polo Juazeiro–Petrolina, entre Bahia e Pernambuco, onde se localiza a maior produção nacional de manga e uva para exportação. A qualidade da água do São Francisco, que é navegável e poderia matar a sede de milhares de nordestinos nos próximos anos, está ameaçada pelo rompimento da barragem da Mina do Feijão.
Segundo texto divulgado no grupo “Caravana do São Francisco”, do whatsApp, “de imediato, a única coisa a fazer é sacrificar a Hidroelétrica de Retiro Baixo, operada por FURNAS, para não sacrificar o São Francisco. Deixem Retiro Baixo inoperante. Ela é capaz de conter a lama, pelo menos por um tempo. Depois, a médio prazo, soluções serão estabelecidas para retirar os rejeitos. Mas se eles passarem e chegarem a Três Marias, não teremos mais o que fazer”.
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