O projeto de lei do novo marco legal do saneamento está para ser votado no plenário do Senado. A meta para 2033 é que 99% da população tenha acesso a água potável e, 90%, conte com coleta e tratamento do esgoto. Para conseguir atingir esse objetivo, as propriedades rurais irão poder usar tecnologias da Embrapa, que são mais baratas e acessíveis.
Na propriedade da produtora rural Teresa Corrêa, a fossa está localizada a alguns metros de distância, apenas. O tratamento da água negra, que sai dos vasos sanitários, é feito por um sistema desenvolvido pela Embrapa. Três tambores interligados formam a fossa séptica biodigestora que, segundo ela, é de fácil manutenção. “Tudo é simples e acontece nesta caixa. Fazemos a inoculação das bactérias do esterco de gado, mensalmente. Pegamos um balde de 20 litros, onde em metade dele colocamos o esterco, e o restante completamos com água. Aí ele segue para a fossa e depois de um mês repete esse processo. E esse esterco, quanto mais verde e fresco, mais garantia de uma quantidade boa de bactérias você estará inoculando”, diz.
As bactérias presentes no esterco bovino são as responsáveis por fazer o tratamento da água nos dois primeiros tambores. E, ao chegar no terceiro, a água de esgoto já é um líquido biofertilizante pronto para ser usado. “Ali temos uma saída superior onde fazemos uma inspeção. Em outra colocamos um ladrão. Então a medida que ela enche, já transborda e vai irrigando naturalmente o cafezal. E, havendo a demanda de irrigar outro local, a gente pode pegar o biofertilizante ali também”, conta Tereza. Com essas vantagens, as fossas biodigestoras foram completamente adotadas na propriedade. A cada nova construção, a agricultora tem mais certeza da eficiência da tecnologia.
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