CP4EPSPS, PAT, aad12, DMO, CRY, VIP. Já pensou se você encontrasse um desses ‘ingredientes’ no rótulo de um produto alimentício ou soubesse que faz parte da preparação de uma comida que você adora? Você teria coragem de comer? Para quem não sabe, essas são algumas das proteínas geneticamente modificadas que são inseridas em algumas sementes, como as de soja e milho. Infelizmente, a nossa legislação prevê apenas o aviso de que tal produto é transgênico quando a inserção de genes de outros animais ou plantas for mais do que 1% da sua composição. Mas, infelizmente, existe muito mais elementos por trás desse símbolo do que é divulgado.
Atualmente, no Brasil, existem seis culturas liberadas para cultivo com sementes transgênicas. Além da soja e do milho, o eucalipto, o algodão, a cana-de-açúcar e o feijão. Colocando uma lupa apenas no milho, existem 31 variedades modificadas geneticamente para conferir à semente a capacidade de resistir a herbicidas e insetos. Mas será que esse dado é real?
Uma pesquisa do The Dow Chemical Company, uma corporação dos EUA que produz agrotóxicos e plásticos, aponta que dos 34 milhões de hectares onde experimentaram seus pacotes que continham herbicidas - agrotóxicos usados para evitar o crescimento de plantas espontâneas - 20 mil hectares tiveram problemas com espécies como a Buva e o Capim Amargoso, que deveriam ser combatidas por este pacote envenenado.
“Por mais que a propaganda esteja sempre apontando tecnologias de ponta e prometendo ganhos de produção e benefícios ambientais também, a experiência [brasileira de mais de 15 anos de uso de transgênicos] tem mostrado que são tecnologias vendidas para uso em grande escala [em grandes extensões de monoculturas] com adoção muito intensiva de venenos e uso de sementes caras", pontua Gabriel Fernandes, integrante do GT Biodiversidade da Articulação Nacional de Agroecologia (ANA).
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