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Sínodo chama à responsabilidade de todos pela Casa Comum


Coletiva de imprensa do Sínodo para a Amazônia, desta terça-feira (Foto: www.vaticannews.va)

Um forte apelo à responsabilidade pessoal pela Casa Comum foi feito na coletiva de imprensa sobre o Sínodo para a Amazônia, nesta última terça-feira, 22 de outubro. Os sofrimentos dos povos amazônicos e os riscos para o Planeta estiveram no centro da coletiva, realizada na Sala de Imprensa da Santa Sé. Ontem, 22, foi “o último dia dos Círculos Menores” que trabalham no rascunho do documento final: “Um trabalho que exige um confronto e propostas de soluções”, disse Pe. Giacomo Costa, secretário da Comissão para a Informação. Depois, tudo será confiado aos encarregados pela redação do documento, ao relator geral, aos secretários especiais, com a ajuda dos peritos e da Comissão para a redação do documento. Segundo Padre Costa, essas pessoas, a partir desta quarta-feira, 23 de outubro, trabalharão para oferecer a versão final do documento que depois será votada.


A coordenadora nacional do Movimento das Vítimas de Barragens, Judite da Rocha, proveniente do Brasil, falou sobre o impacto da chegada das usinas hidrelétricas nas regiões amazônicas. Ela pediu para não pensar que essas usinas produzam energia “limpa”, pois é preciso pensar nos prejuízos causados às populações locais, aos rios, à natureza. Primeiro, chega a usina hidrelétrica, depois a extração de minério e as indústrias.


Ela falou também das consequências para as populações nativas: as comunidades tradicionais são dispersadas. “Não existimos, não somos indenizados depois dos acontecimentos”, disse ela. Depois, somam-se ainda doenças mentais, depressões e suicídios. Às vezes, se reconhecem os direitos das populações indígenas, outras vezes não, mesmo que se trate da mesma companhia. Para as mulheres, fala-se de uma violência dupla: o seu trabalho não é levado em consideração. Pensemos nas donas de casa ou em quem procura plantas para fazer remédios, além dos problemas de moléstias sexuais. "As cidades também sofrem com o impacto das construções dessas barragens. Há regiões em que existem praias nos rios e tudo isso é eliminado quando se constrói uma usina hidrelétrica. Depois, surge o problema de onde viver, pois estamos falando de populações que sempre viveram ao longo dos rios", sublinhou.

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