Ministério Público considerou que medida contrariava estudos antropológicos que já haviam definido a área, além de desrespeitar a Constituição e ameaçar a identidade étnica da comunidade.
Após recomendação do Ministério Público Federal (MPF) de Goiás, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) voltou atrás e revogou o ato normativo publicado em maio, que previa a redução do território quilombola de Mesquita. Passaria de 4.200 hectares para apenas 971ha. Situado na Cidade Ocidental, a 50 quilômetros de Brasília, a decisão mobilizou as lideranças de quilombos de todos os estados brasileiros, que foram à capital federal discutir o problema e apoiar a comunidade.
De acordo com a reportagem de Nahama Nunes para a Rádio Brasil Atual, os quilombolas temiam que a redução de cerca de 80% do território, em Goiás, pudesse ser repetida em outras comunidades, para ceder à pressão de fazendeiros e empresários com interesses comerciais nas áreas. De acordo com a liderança do Quilombo de Mesquita, Eulivania de Cássia Costa, a conquista pela revogação deve-se às mobilizações de todas as comunidades.
Fonte: www.redebrasilatual.com.br
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