Os professores estão entre os mais prejudicados pela “reforma” da Previdência apresentada pelo governo de Jair Bolsonaro, conforme advertem representantes de sindicatos da categoria. A proposta penaliza principalmente as mulheres, que são cerca de 80% do corpo docente do país, segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep).
Entre os pontos críticos, os sindicatos citam o aumento em cinco anos no tempo de contribuição das professoras. Hoje, as mulheres podem requerer o benefício com 25 anos de trabalho, enquanto para os homens são necessários 30 anos de contribuição. A proposta do governo determina idade mínima de 60 anos, com 30 de contribuição, independentemente do gênero.
A medida é contestada por não reconhecer o fato de as mulheres exercerem uma dupla ou mesmo tripla jornada de trabalho, trabalhando em casa ainda, sem remuneração. “Enquanto não se vencer isso, elas têm que ter garantido o direito à redução, seja no tempo ou na idade”, afirma o presidente do Sindicato do Servidores Municipais de São Paulo (Sindserv), Sérgio Antiqueira. A diretora do Sindicato dos Professores de São Paulo (Sinpro-SP), Sílvia Barbara, também contesta a “reforma” por fixar em 60 anos a idade mínima, quando as atuais regras previdenciárias. “A retirada de professores um pouco mais cedo da sala de aula também tem um objetivo pedagógico”, explica a diretora.
Fonte: www.redebrasilatual.com.br
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