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Queimadas crescem 334% no ano no Pantanal em relação a 2018


Mato Grosso do Sul teve 6.328 focos de queimadas em áreas de vegetação (Divulgação/PrevFogo/MS)

Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontam que o número de incêndios no Pantanal de 1º de janeiro a 11 de setembro deste ano cresceu 334% em relação ao mesmo período de 2018. O número saltou de 1.039 para 4.515. A situação fez com que o governo de Mato Grosso do Sul decretasse situação de emergência. O fogo atinge o Estado como um todo: o número de incêndios no ano mais que triplicou em relação ao mesmo período do ano passado, subindo de 1.902 para 6.301. Até esta quinta-feira, o fogo havia consumido 1 milhão de hectares, segundo estimativa do Ibama.


O decreto, assinado pelo governador Reinaldo Azambuja, foi publicado no Diário Oficial desta quinta-feira e tem o objetivo de garantir recursos e apoio do governo federal para o combate às chamas que avançam sem controle em áreas rurais em nove municípios. O fogo se concentra nos municípios de Aquidauana, Anastácio, Dois Irmãos do Buriti, Corumbá, Ladário, Bonito, Miranda, Porto Murtinho e Bodoquena. Corumbá, no Pantanal Sul, assumiu a liderança no ranking nacional de queimadas, com 1.834 focos este ano - 634 só neste mês. Nas últimas 48 horas, no Estado, foram 397 novos pontos de fogo, 90% deles criminosos, segundo Verruck.


O decreto considera o mês de setembro como o mais crítico para incêndios florestais em razão da estiagem de quase 60 dias, a baixa umidade do ar e os alertas para ondas de calor no Estado, com alto risco à população. Conforme o governo estadual, houve aumento expressivo no atendimento em unidades de saúde por doenças relacionadas à qualidade do ar.

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