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Profissionais de saúde denunciam precariedades para lidar com pandemia


É a terceira vez que a população vai à janela para aplaudir os profissionais da saúde, durante a crise do novo coronavírus no Brasil. Na última vez, no dia 20 de março (Imagem: divulgação)

Movimentos populares organizam “aplaudaço”, às 20h30 desta terça-feira (07) – Dia Mundial da Saúde – para homenagear médicos, pessoal de enfermagem e demais profissionais de saúde, especialmente lembrados em meio ao crescimento dos casos e óbitos pela covid-19. Ao mesmo tempo, os trabalhadores do setor fazem apelo por melhoras nas condições de proteção e trabalho para lidar com os infectados pelo novo coronavírus. “Neste Dia Mundial Da Saúde, vamos aplaudir, às 20h30, todos os profissionais da área que trabalham para atender as vítimas do novo coronavírus. Vamos também cobrar mais recursos para a saúde pública e defender o Sistema Único de Saúde (SUS)”, diz uma convocatória que circula nas redes sociais.


Apesar de a população demonstrar apoio aos profissionais da saúde, os trabalhadores apontam os inúmeros problemas enfrentados, pela falta de recursos, pessoal e equipamentos de proteção individual para lidar com as pessoas que chegam ao postos e hospitais – públicos e privados – em busca de atendimento e apresentado sintomas de infecção. O Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo (Sindsep) denuncia sistematicamente as más condições de trabalho da categoria. Luciane Taham, diretora regional da entidade, relata a falta de equipamentos de proteção e que o uso das máscaras recebidas, que deveria ser de duas horas, precisa ser prolongado por mais tempo, o que aumenta o risco de contaminação.


“Teve hospital que fizeram um kit separado para cada plantonista. Eles deram duas máscaras para usar num plantão de 12 horas e qualidade do equipamento de proteção individual (EPI) é inferior a qualquer coisa que temos no mercado. É uma coisa só para dizer que entregaram ao trabalhador, porque não protege em nada. Até o avental está sendo reutilizado”, denuncia Luciane, em entrevista à repórter Larissa Bohrer, da Rádio Brasil Atual. Outro problema mencionado por ela são que servidores que estão no grupo de risco continuam trabalhando, mesmo após o sindicato notificar a Secretaria Municipal de Gestão. “Vários servidores preocupados, com diabetes e até mulheres grávidas. Eles (a secretaria) não respondem a gente, não afastam ninguém”.

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