Estudo científico divulgado no dia 17 deste mês estima que a privatização de terras na Amazônia geraria uma perda para os cofres públicos de 7% do Produto Interno Brasileiro (PIB), ou R$ 118 bilhões. As perdas se dariam pelo avanço do desmatamento e pela prática de cobrar abaixo do preço de mercado pelo hectare de médias e grandes propriedades de posseiros que se apropriaram de áreas públicas. O artigo científico intitulado “Stimulus for land grabbing and deforestation in the Brazilian Amazon” (Estímulo à grilagem e desmatamento na Amazônia Brasileira) foi publicado pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) na revista científica Environmental Research Letters.
“A expectativa de lucro com a posterior venda dessas áreas tituladas a preços irrisórios representa um estímulo a novas invasões de terra pública e grilagem na Amazônia, que é o roubo do patrimônio de todos os brasileiros”, afirma Brenda Brito, pesquisadora associada do Imazon e primeira autora do artigo científico. “A sociedade brasileira não deve ser obrigada a subsidiar posseiros ilegais em terras públicas e ainda perder com a destruição das florestas, mas nossa análise indica que esse será o resultado dessa lei se a decisão de alocar toda essa área para privatização não for alterada”, continua Brito.
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