Nas últimas semanas o preço de mercado da Petrobras sofreu uma queda brusca. Fragilizada pelos desvios de recurso e pelas punições impostas pela Operação Lava Jato, a petroleira foi agora impactada pelo momento econômico - desvalorização do Real em relação às moedas do mundo, crise do coronavírus (covid-19) e queda do preço do barril de petróleo. A gigante brasileira de petróleo pode se tornar alvo fácil do projeto de privatização encampado pela atual gestão do Governo Federal.
Desde 2019 o Governo Federal deu início ao processo para privatizar alguns dos principais ativos da Petrobras no país. Foram colocadas na fila para serem entregues ao setor privado nada menos que oito refinarias - sendo três no Nordeste, a Landulpho Alves (RLAM), na Bahia; a Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste (Lubnor), no Ceará; e a Refinaria Abreu e Lima (RNEST), em Pernambuco. Juntas, as oito unidades respondem por 50% do refino nacional.
O quadro é de "desmonte total da empresa", segundo Sinésio Pontes, trabalhador da Refinaria Abreu e Lima, localizada no complexo portuário de Suape. "As unidades estão sendo vendidas e outras unidades simplesmente fechadas para dar espaço à importação", reclama o petroleiro. "As refinarias estão processando abaixo da capacidade total, fazendo com que muitos derivados do petróleo sejam importados", completa. Pontes também é diretor de comunicação do Sindicato dos Petroleiros de Pernambuco e da Paraíba (Sindipetro PE/PB).
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