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Pecuária e exploração de madeira mantêm Pará na liderança do desmatamento


Queimada registrada em 26 de outubro na BR-155, em Eldorado do Carajás, no Pará. Rodovia vai de Marabá até Redenção (Foto: Catarina Barbosa)

O Pará é o estado que mais desmatou na Amazônia Legal nos últimos dez anos, com cerca de 30.861,76 km² de floresta derrubada, segundo dados do portal TerraBrasilis, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A repercussão na imprensa do Dia do Fogo, com queimadas combinadas por fazendeiros nos dias 11 e 12 de agosto, não foi suficiente para frear o avanço do fogo. Um levantamento dos últimos três meses mostra que 819,24 km² de floresta foram devastados em agosto; 497,80 km² em setembro; e 120,94 km² até o dia 17 de outubro.


Até o dia 17 de outubro, o desmatamento de 2019 superava em 14% o de todo o ano de 2018, com cerca de 8.413 km² de floresta derrubada, 1.200 km² a mais do que 2018, quando foram desmatados 7,2 mil km². O município paraense com maior registro de desmatamento foi Altamira, onde está localizada a hidrelétrica de Belo Monte e onde ocorreu o massacre no Centro de Recuperação.


Para André Cutrim, professor do núcleo de meio ambiente da Universidade Federal do Pará (UFPA), a relação desmatamento não só no estado do Pará, mas em toda a Amazônia Legal está ligada a um enfraquecimento dos órgãos de fiscalização ambiental. Segundo ele, em anos anteriores, o desmatamento teria sido menor porque a fiscalização era mais eficaz. "Os recursos direcionados para fiscalizações, para realização de incursões em áreas ilegais, em áreas onde foram identificadas queimadas, por tabela, desmatamentos eram muito maiores. Neste ano, temos a diminuição desses recursos, e consequentemente uma suscetibilidade, e fragilidade para punição dessas atividades clandestinas", explica o docente.

Fonte: https://www.brasildefato.com.br/

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