Artigo publicado na revista National Bureau of Economic Research, mensurou o risco de mortalidade devido a futuros aumentos de temperatura causados pelas mudanças climáticas. A pesquisa mostrou que lugares que enfrentam frio extremo serão beneficiados, com taxa maior de calor, enquanto as regiões que já possuem temperatura elevada, principalmente os lugares mais pobres, poderão sofrer enormes danos humanos. O acesso à tecnologia como refrigeradores ou aquecedores, é uma opção de adaptação às mudanças climáticas, porém, de difícil acesso à populações economicamente vulneráveis.
Segundo gráfico presente no artigo, podemos observar uma relação em forma de "U" onde as temperaturas podem apresentar efeitos defasados na saúde e mortalidade, especialmente para os idosos.

Relação entre aumento da temperatura e mortes por calor. (Fonte: Climate Impact Lab)
Os cientistas responsáveis pela pesquisa também consideram que esse quadro mude ao longo do tempo, caso ocorra melhoras nos benefícios da adaptação às mudanças climáticas e com os efeitos do crescimento da renda. Por isso, é preciso reduzir desigualdades para evitar a consequência fatal do aumento da temperatura.

Benefícios da adaptação para dias quentes. (Fonte: Climate Impact Lab)
Na imagem "A" acima, podemos observar os impactos futuros das mudanças climáticas na taxa de mortalidade sob um clima mais quente. Na imagem "B", observamos uma previsão contrafactual da taxa de mortalidade que seria realizada nas temperaturas atuais, mas em uma população que se beneficiaria com o aumento da renda no próximo século. Portanto, incluem a previsão de, por exemplo, o ar condicionado torna-se muito mais acessível em um país como a Índia.
Com esse estudo, podemos mensurar os danos futuros e poder planejar os investimentos necessários para diminuir os impactos, que podem ser fatais, para às populações futuras.
Fonte: https://www.letrasambientais.org.br/posts/reduzir-desigualdades-evitara-milhoes-de-mortes-por-mudancas-climaticas
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