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ONU propõe uma década dedicada à Agricultura Familiar no mundo


Cartaz do Seminário da ONU sobre Agricultura Familiar (www.asabrasil.org.br)

O fortalecimento da agricultura familiar pelos países de todos os continentes mundo está se transformando numa meta da Organização das Nações Unidas (ONU), por um longo prazo. Desde segunda-feira, 27 de maio, até amanhã, dia 29, a ONU realiza um seminário para lançar a Década da Agricultura Familiar, que vai deste ano, 2019 até o ano de 2028). Este seminário, que acontece em Roma, na Itália, prevê a elaboração de diretrizes e planos de ação que valorizam a prática e os saberes dos campesinos e campesinas. "Colocar a agricultura familiar e todos os modelos de produção baseados na família no foco das intervenções por um período de dez anos contribuirá para um mundo livre da fome e da pobreza, onde os recursos naturais são manejados sustentavelmente e onde ninguém é deixado para trás - o que corresponde aos principais compromissos da Agenda 2030", anuncia o documento da ONU sobre a Década da Agricultura Familiar.


Quando a ONU propõe para lideranças políticas dos 193 países-membros, inclusive o Brasil, que enxerguem na agricultura familiar um caminho para superar questões complexas e urgentes, como a fome, a pobreza e a degradação dos recursos naturais, significa que uma força mundial se ergue no planeta para ir de encontro à força oposta do agronegócio, que visa o lucro e concentra renda em detrimento da sustentabilidade ambiental e social do planeta. Neste momento em que o Brasil atravessa de desidratação das políticas públicas voltadas para a agricultura familiar, qual a reverberação que esta voz de alcance mundial trará para o Brasil? E qual o impacto desta determinação da ONU poderá provocar no Semiárido, região que concentra a maior quantidade de campesinos e campesinas no país? Ainda não se tem respostas para estas questões. Elas deverão vir por meio dos representantes da coordenação nacional da Asa, Valquíria Lima, Alexandre Pires, Antônio Barbosa e Fernanda Cruz, que participam do seminário.



Valquíria Lima, da ASA BRASIL (Foto: Gleiceani Nogueira, Arquivo Asacom)

Respondendo a uma pergunta da assessoria de Comunicação da Asa Brasil, publicada no site da organização (www.asabrasil.org.br), Valquíria Lima dá a primeira impressão, sobre possíveis demandas como consequência do Seminário da ONU: “Essa década da agricultura familiar fala da importância do fortalecimento dos agricultores e agricultoras familiares campesinos no mundo inteiro porque são eles e elas que têm a dimensão da sustentabilidade da produção de alimentos, não apenas para sua sobrevivência e pra sobrevivência da sua família, do seu território, da sua comunidade, mas também pelo uso racional dos recursos naturais que deles dependem a sustentabilidade da sua produção”, diz.

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