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ONU pede mudança nos padrões de consumo para evitar seca e desertificação

Atualizado: 26 de jun. de 2018


Combater a degradação dos solos é uma meta do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) nº 15. (Flickr/ Tobias Sieben (CC))

120 mil quilômetros quadrados de terra se tornam inférteis todos os anos, por causa da desertificação.

Em mensagem para o Dia Mundial de Combate à Desertificação e à Seca, a diretora-geral da UNESCO, Audrey Azoulay, alertou que 120 mil quilômetros quadrados de terra se tornam inférteis todos os anos, por causa da desertificação. A área afetada por esse “desastre contínuo e silencioso”, segundo a dirigente, equivale a metade do território do Reino Unido. ONU faz apelo por mudanças na gestão dos solos e recursos naturais.

“O fenômeno da degradação da terra ocorre nas áreas secas do planeta, que cobrem 40% da superfície do planeta e é onde habitam 2 bilhões de pessoas”, disse a chefe da agência da ONU. A iniciativa Economia da Degradação da Terra estima que são perdidas por ano 75 bilhões de toneladas de solo de terras aráveis. Sua preservação em nível global poderia liberar ganhos econômicos anuais de 400 bilhões de dólares.

Audrey ressaltou que a desertificação tem consequências drásticas para a natureza e para as pessoas que dependem dela: a destruição de ecossistemas inteiros, a aceleração da mudança climática, barreiras ao desenvolvimento e o aumento da pobreza. “De acordo com o Secretariado da Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação (UNCDD), é provável que, até 2030, 135 milhões de pessoas migrem em todo o mundo, devido à deterioração da terra onde vivem”, acrescentou a autoridade máxima da UNESCO.

Dados da UNCDD revelam também que um terço de todas as terras do planeta já estão severamente degradadas. Ao longo dos últimos 30 anos, dobrou o consumo das reservas e recursos naturais do mundo. Atualmente, mais de 1,3 bilhão de pessoas já vivem em comunidades agrícolas onde o solo está degradado.

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