As eleições para Presidente da República e para o Congresso Nacional, que acontecem em 7 de outubro, serão cruciais para a evolução ou o retrocesso do desenvolvimento humano no Brasil das próximas décadas. Afinal, o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) está estagnado há três apurações e o Brasil não consegue sair da 79ª posição. Além disso, os impactos da aprovação da Emenda Constitucional 95 ainda não entraram na conta. Conhecida como Teto de Gastos, ela congela o investimento público em áreas essenciais, como educação e saúde, por 20 anos, e foi levada adiante pela gestão de Michel Temer (MDB).
"O IDH no Brasil deve cair no futuro com o Teto de Gastos. Com o aumento da mortalidade infantil e a redução do investimento do PIB em saúde ao longo do tempo, a gente deve ver uma piora", aponta Rafael Georges, cientista político e coordenador de campanhas da Oxfam Brasil, uma organização humanitária de combate à pobreza e à desigualdade.
Elaborado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), da ONU, o IDH calcula com base em um conjunto de indicadores de qualidade de vida e bem-estar. Ao todo, 188 países entram na lista e a apuração é feita com os dados dos dois anos anteriores. O Brasil atingiu a nota 0,754 nas últimas três pesquisas — o índice é considerado alto quando fica acima de 0,900.
"Na questão educacional, o índice considera os anos de escolaridade médios. E esses anos dependem não só de investimentos em infraestrutura educacional, mas também em professores e transporte escolar. Com esse congelamento, este tipo de investimento deve ser limitado ao longo do tempo. O que também deve puxar o IDH para baixo", analisa
Fonte: www.brasildefato.com.br
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