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O apelo do Papa: o desmatamento compromete o nosso futuro

Foto do escritor: Equipe de ComunicaçãoEquipe de Comunicação

Papa Francisco, num dos momentos da visita (Foto: www.vaticannews.va)

Respeito pelos direitos dos povos. O apelo de Bergoglio do Oceano Índico antecipa o Sínodo sobre a Amazônia, convocado para outubro, e resume sua mensagem social sobre o cuidado da criação e o dever de respeitar os direitos e valores dos povos. E sobre a pobreza: Francisco ficou profundamente chocado e preocupado com a extrema miséria nas ruas de Antananarivo. Andando pelas ruas da capital, viu as crianças acocoradas no chão amassando tijolos entre os barracos e os menores com o olhar perdido e exausto e uma mão estendida na espera de algum trocado dos transeuntes. Eis que, em seu discurso, Francisco pede antes de tudo que a política cumpra seu dever de proteger os cidadãos, "especialmente os mais vulneráveis", promovendo um desenvolvimento digno e justo, isto é, "integral" e não apenas econômico.


Depois, recordando a riqueza dos recursos naturais da "Ilha Vermelha", como é chamada por causa da riqueza de laterita, listou uma série de denúncias: "As florestas restantes são ameaçadas por incêndios, pela caça predatória, pelo corte descontrolado de madeira preciosa". O país perde cerca de 200 mil hectares por ano de seu patrimônio florestal. A biodiversidade de plantas e animais está em risco "devido ao contrabando e às exportações ilegais".


Francisco sabe que "para as populações envolvidas, muitas dessas atividades que prejudicam o meio ambiente garantem no momento a sua sobrevivência". Portanto, é decisivo "criar empregos e atividades geradoras de renda que respeitem o meio ambiente e ajudem as pessoas a sair da pobreza". Em outras palavras, "não pode haver uma verdadeira abordagem ecológica sem uma justiça social" que possa garantir "o direito ao destino comum dos bens da terra às gerações atuais e futuras".

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