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Mulheres dizem não ao feminicídio e se levantam contra a violência doméstica


Momento da 11ª Marcha das mulheres, na Paraíba (Foto: aspta.org.br)

Em cada rosto havia alegria, coragem, sorrisos. Havia braços pintados, corpos despidos, livres e também vestidos com a bandeira da ‘11ª Marcha pela Vida das Mulheres e pela Agroecologia’. A atividade foi realizada quinta-feira, 12 de março, no município de Esperança, Agreste paraibano, e reuniu cerca de 6 mil mulheres. A concentração aconteceu no Campo da Rodoviária, na entrada da cidade, que recebeu uma Feira Agroecológica, expressão da produção da agricultura familiar protagonizada pelas mulheres. houve shows, como o da cirandeira Lia de Itamaracá, que fez questão em estar em mais uma edição; peça de teatro e o depoimento de mulheres que passaram por relacionamentos abusivos e agressivos, na denúncia contra todas as formas de violência. A marcha é uma realização da AS-PTA Agricultura Familiar e Agroecologia e pelo Polo da Borborema.


Segundo Marizelda Salviano, uma das organizadoras do evento e representante do Sindicato de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Esperança, a Marcha é o momento de reafirmar a luta pelas mulheres e de dizer não ao machismo. “Não aceitamos essa sociedade que oprime e mata as mulheres. De mãos dadas, construiremos com a agroecologia um mundo mais fraterno para homens, mulheres, crianças e jovens. É a marcha pela vida”, resumiu. Além de participantes de vários municípios do estado paraibano, a marcha também contou com mulheres da Articulação Semiárido Paraibano (ASA-PB), que todos os anos fortalecem o evento, e de outros movimentos de mulheres do campo.


A vida, de fato, pulsava na 11ª Marcha pela Vida das Mulheres e pela Agroecologia. As mulheres dançavam, brincavam, mas não se esqueciam do sentimento que as unia: a luta por um mundo mais igual entre homens e mulheres e contra os retrocessos de seus direitos. “Temos muita força e precisamos ser reconhecidas”, afirmou Maria Eduarda Sales, de 17 anos. A adolescente não só reconhece a força da organização, como já a usou ao resistir, junto com as amigas, e lutar para que sua turma do colégio não fosse fechada. “Os nossos colegas de sala desistiram da turma de informática, que era formada por cerca de 40 alunos. Quiseram fechar a turma, mas não deixamos. Hoje somos apenas sete alunos e vamos terminar o curso. Estamos no 3º ano”, explicou.

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