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Mudanças climáticas causadas pelo La Ninã, podem afetar a produção de alimentos no País


La Niña presente no Pacífico equatorial, em setembro de 2020.


O fenômeno oceânico-atmosférico denominado La Ninã, acontece quando há esfriamento anormal nas águas superficiais do oceano Pacífico Tropical. Na semana passada, 10 de setembro, pesquisadores da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA), dos Estados Unidos, confirmaram a presença do La Ninã e previram que há cerca de 75% de chance de que essas condições continuem durante o verão.


Mesmo com efeito fraco ou moderado, um La Ninã pode causar danos à produção de alimentos no Brasil, principalmente a de grãos, no Centro-Sul. No estado do Paraná, assim como em regiões do sudeste e centro-oeste, durante a primavera, os efeitos do fenômeno oceânico é o declínio no volume de chuva acumulada, prejudicando o plantio de alimentos, como: soja, cana de açúcar e milho. Já nas regiões Norte e Nordeste, no próximo verão, o La Ninã pode ser favorável à agricultura, com a possibilidade de chuvas acima da média.


Em nível mundial, o La Niña perturba a produção de produtos agrícolas, como soja, milho, açúcar, café, trigo e algodão. Segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), o La Ninã que ocorreu no período de 2010-2011, provocou um aumento de 37% nos preços dos alimentos, em relação ao final de 2009. Com a inflação dos produtos agrícolas, junto às mudanças climáticas e os efeitos da pandemia, o mercado de produção de alimentos pode enfrentar um desequilíbrio global.




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