A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que, até 2020, cerca de 50 milhões de pessoas devam migrar de seus lares por causa da seca, erosão dos solos, desertificação, inundações, desmatamento, mudanças climáticas e outros problemas ambientais. São os chamados “refugiados ambientais”, termo utilizado para se referir a pessoas que fogem de onde vivem por causa de problemas ambientais. A migração causada por eventos climáticos não é nova, mas deve se intensificar com as mudanças climáticas. Esse processo irá afetar as plantações e aumentar os preços dos alimentos, intensificando a fome e atingindo diretamente as populações mais pobres.
Seca, fome e migração, são temas bem atuais. No entanto, há 80 anos, na obra Vidas Secas, o escritor Graciliano Ramos já tratava, embora com outras palavras, dos hoje chamados de “refugiados do clima do Semiárido brasileiro”. O romance Vidas Secas, considerado um clássico da literatura brasileira, foi publicado em março de 1938. Conta a estória de uma família do Nordeste brasileiro – formada pelo casal Fabiano e Sinhá Vitória, juntamente com os dois filhos, a cachorra Baleia e o papagaio – que migra da Caatinga para fugir das consequências da seca.
A obra foi ambientada na Caatinga, mas sua universalidade é incontestável, por tratar de temas contemporâneos e cada vez mais comuns a diversos países, especialmente aqueles considerados em desenvolvimento. Transcorridas todas essas décadas de publicação da obra Vidas Secas, o impacto da sua leitura permanece atual, firme e intacto. Várias lições podem ser retiradas da obra para o Semiárido brasileiro dos dias atuais. Neste post, são listadas as 7 lições que Vidas Secas pode trazer para um Semiárido mais sustentável.
Fonte e matéria completa: http://www.letrasambientais.com.br/posts/vidas-secas,-80-anos:-7-licoes-que-continuam-atuais
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