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Movimentos defendem agroecologia como alternativa no combate à fome


Após passar por Pernambuco e Bahia, Caravana chegou à capital mineira nesta segunda (30) / Monyse Ravena/Brasil de Fato

A volta de cerca de 11,8 milhões de brasileiros para a extrema pobreza, os cortes em políticas públicas e o alto índice de desemprego, são fatores que apontam para o possível retorno do Brasil ao mapa da Fome. Esta é a avaliação de Cristina Nascimento, coordenadora da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA). Para ela, só é possível evitar esta calamidade se o combate à fome acontecer em conjunto com a defesa da agroecologia.


Nascimento explica que a produção de alimentos deve manter a segurança alimentar para os trabalhadores rurais e também ser sustentável em relação ao meio ambiente. “Nós queremos barrar a volta da fome e queremos barrar retomando políticas públicas. É fundamental pensar que não é só dar comida para as pessoas encherem a barriga, mas possibilitar o acesso ao alimento de qualidade, com nutrientes que sejam naturais”, defende.


Além dos estados do Nordeste, o semiárido brasileiro abrange também a região Norte de Minas Gerais e o Vale do Jequitinhonha, equivalente a cerca de 17% do território mineiro. As entidades que compõem a ASA defendem a convivência com o semiárido, não o combate à seca, já que se trata de um fenômeno natural da região.


Em parceria com movimentos populares da Via Campesina, a ASA está circulando o Brasil na Caravana Semiárido Contra a Fome, que partiu de Caetés (PE), na última sexta-feira (27), e chegou nesta segunda (30), em Belo Horizonte (MG). Na capital mineira, um ato político e cultural aconteceu no Armazém do Campo, espaço que comercializa produtos orgânicos e agroecológicos oriundo especialmente das cooperativas do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

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