Após intenso processo de formação, mobilização e animação por todo Brasil, as mulheres se preparam para participar do ato principal da Marcha das Margaridas, que vai ocorrer em Brasília (DF), dias 13 e 14 de agosto de 2019. Um dos principais objetivos da marcha é apresentar a plataforma de propostas e reivindicações.
A Marcha das Margaridas é umas principais ações do movimento sindical de trabalhadores e trabalhadoras rurais. Tem este nome em homenagem a Margarida Maria Alves, agricultora familiar nordestina, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande, na Paraíba. Ela foi brutalmente assassinada no dia 12 de agosto de 1983, pela ação de latifundiários.
Este ano, as mulheres do campo e da cidade se unem em torno do lema da Marcha que é: “Margaridas na luta por um Brasil com soberania popular, democracia, justiça, igualdade e livre de violência”. A Margarida, que os poderosos tentaram calar, virou semente e germinou em milhares de outras mulheres.
Nesta 6ª edição, a expectativa é reunir 100 mil mulheres no ato em Brasília, sendo que do Ceará serão duas mil. Para a concretização deste sonho a Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado do Ceará (Fetraece), através da Secretaria Mulheres, vem construindo desde Março de 2018 este processo com a participação da Direção Executiva e Coordenações Regionais da Fetraece, os 183 sindicatos filiados e diversas entidades parceiras.
A articulação para levar as duas mil margaridas cearenses ao grande ato, em Brasília, foi feita através de seminários, debates, audiências públicas e outras ações nos municípios e no estado. Nestas atividades, movimentou mais de 130 mil mulheres no Ceará. Com todo esse processo formativo e de mobilização, foi possível despertar novas margaridas e multiplicar o sentimento de que é preciso batalhar por uma melhor qualidade de vida.
Fonte: www.basildefato.com.br
Comments