A décima edição da Marcha pela Vida das Mulheres e pela Agroecologia levou cerca de seis mil mulheres às ruas do município de Remígio, no Brejo Paraibano. O evento é promovido pelo Polo da Borborema, uma rede de 13 sindicatos rurais da região, em parceria com a AS-PTA Agricultura Familiar e Agroecologia. Há 10 anos a Marcha sai às ruas no dia 8 de março para dar visibilidade ao papel das camponesas na agricultura denunciar todas as formas de violência contra a mulher.
Em 2019, a data do dia 14 de março foi escolhida para a realização da Marcha por ser o dia em que se completa um ano do assassinato da Marielle Franco. Negra, pobre e favelada, a vereadora incomodava por sua atuação em defesa dos direitos humanos e das pautas feministas. Essas pautas levaram Marielle a se transformar em um símbolo de luta contra a opressão de gênero, classe social e raça, entrando para a história ao lado de nomes como o de Margarida Maria Alves, agricultora e sindicalista assassinada na Paraíba há mais de 30 anos.
“Nos tiraram Marielle, nos tiraram Margarida, mas o que eles não sabiam é que surgiriam várias outras ‘Marielles’, várias outras ‘Margaridas’. Nosso grito hoje também é por justiça, justiça para Marielle e para as milhares de mulheres que como ela morreram na luta”, afirmou Giselda Bezerra, liderança do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Remígio e da Coordenação do Polo da Borborema, na abertura da Marcha. Neste ano, a Marcha elegeu como tema de aprofundamento em seus momentos preparatórios o racismo e de que forma ele atinge a vida das mulheres.
Fonte: www.aspta.org.br
Comments