No dia 11 de março, uma quarta-feira, o Núcleo Trairi do Serviço de Apoio aos Projetos Alternativos Comunitário (Seapac) realizou mais um dia de práticas agroecológicas com algumas das 69 famílias acompanhadas nas comunidades Catolé e Timbaúba, no município de Lajes Pintadas (RN). Na ocasião, o agrônomo do Seapac, Damião Santos, e o acessor, Gerson Silva, mostraram que é possível realizar um manejo agroecológico das pragas nas plantações, através das práticas fitoprotetoras, que proporcionam uma harmonização e equilíbrio do agroecossistema.
Uma dessas práticas é a água de vidro, um importante protetor das plantas contra o desenvolvimento de doenças fúngicas e bacterianas, capaz de fortalecer a epiderme da folha, além de ajudar no controle de pragas. A solução é composta por cal virgem, cinzas de fogão bem branquinha e peneirada, água bem quente e água das chuvas. Quando pronta, pode ser dissolvida e aplicada nas plantações.
Outra prática é o controle biológico de formigas cortadeiras com Penicillium sp, obtido da casca de laranja em decomposição. A calda microbiológica tem uma forma líquida após ser diluída e aplicada nos formigueiro, agindo diretamente no fungo que elas que elas cultivam. Também foi demonstrada a isca para captura de microrganismo eficiente (EM), feita com arroz branco. Entre as vantagens do uso de EM, estão o baixo custo e o fácil preparo nas propriedades. E por último a prática do biofertilizante, para fortalecer e melhorar o funcionamento do solo.
Os controles fitoprotetores convencionais, com o uso de agrotóxicos, não é permitida pela lei de orgânicos no país, o que enfatiza a necessidade do conhecimento de outros métodos de controle de pragas. Com esses meios alternativos, que citamos acima, a produção orgânica e sustentável torna-se uma realidade para os agricultores familiares acompanhados pelo Seapac.