O Seapac promoveu um dia de visitas às famílias acompanhadas na região de Lajes Pintadas para apresentar suas ações aos representantes do Banco do Nordeste, Sebrae e de Secretarias Municipais de Agricultura e Meio Ambiente. As tecnologias sociais implementadas pela instituição têm ajudado as famílias campesinas a terem uma melhor convivência com o semiárido potiguar.
Caio Barbosa | Assessoria de Comunicação do SEAPAC
Natal | Rio Grande do Norte
A última terça-feira (08), ficará marcada como o dia do intercâmbio rural, das inovações tecnológicas e da sustentabilidade. A equipe do Seapac orquestrou um encontro com a participação vital de representantes das Secretarias de Agricultura e Meio Ambiente de Currais Novos e Lagoa Nova, do Banco do Nordeste, do Sebrae polo Natal, e também de empreendedores da região. O encontro aconteceu na comunidade de Serra Verde, zona rural de Lajes Pintadas (RN), nesse ambiente pulsante, o palco estava montado para apresentar as tecnologias sociais do Seapac, que foram implementadas nas comunidades e que tiveram um impacto visível e positivo de transformação na vida dos campesinos.
A jornada do intercâmbio rural teve início na agrofloresta de José Francisco, carinhosamente chamado de "professor Nino" um nome reverberante na região pela sua incansável preservação da vegetação nativa e sua atuação como guardião de sementes crioulas. Em sua propriedade existe a cisterna e o engenhoso sistema de reuso de águas. Logo adiante, os participantes foram conduzidos à Unidade Produtiva Familiar de Felipe Carlos, um terreno onde as inovações são realidade. Ali, os olhares testemunharam a engrenagem em ação, o sistema de reuso de água e o biodigestor, fontes autossustentáveis de energia e água, que geram autonomia energética e segurança hídrica para a família.
O impacto do Seapac já se faz sentir na região. Com a construção de mais de 25 biodigestores na região de Lajes Pintadas, a instituição quer ultrapassar a marca de 50 instalações até o fim deste ano. Essa revolucionária tecnologia social, de baixo custo, emerge como uma ferramenta de valor inestimável para as famílias campesinas, impulsionando a geração de uma nova fonte de energia renovável e o biofertilizante, um precioso aliado agrícola que expande a produção de alimentos agroecológicos.
Outras tecnologias sociais apresentadas durante o intercâmbio foram as cisternas do P1MC e do P1+2 que ajudam as comunidades a garantir seu direito à água, e gerando segurança hídrica para as famílias durante o período da seca. Só em no Trairi o Seapac já implementou mais de 3.800 cisternas de primeira e segunda água, além de cisternas escolares. Isso impacta diretamente a vida de mais de 20 mil pessoas na região.
Além das cisternas, os participantes do intercâmbio conheceram também os sistemas de reuso de águas negras, que ajuda as famílias acompanhadas na efetivação da política de saneamento rural. Somente em Lajes Pintadas o Seapac instalou 57 sistemas de reuso que beneficia a agricultura nos territórios, pois água fertilizada é um excelente insumo para produção de alimentos, além de garantir a segurança hídrica local.
Em uma terceira visita, o intercâmbio do Seapac proporcionou a integração junto ao Conselho Comunitário São Francisco, da comunidade Serra Verde, no qual foi apresentado a estrutura e as ações do projeto "Recicla Serra Verde", uma ação de parceria entre o Seapac e a entidade comunitária que tem entre seus o objetivo realizar a coleta seletivo do lixo e transformar em oportunidades e insumos para a comunidade. Uma ação importante é transformar resíduos orgânicos coletados em adubo rico em nutrientes, através do processo de compostagem e desenvolver um trabalho de conscientização e educação ambiental, além disso, o projeto é uma fonte de renda para jovens e mulheres da comunidade.
Os intercâmbios rurais são momentos importantes para o Seapac por possibilitar a disseminação de informações em torno do trabalho institucional e da importância das ações em favorecimento às famílias campesinas que estão em situação de vulnerabilidade social. Damião José, técnico em agroecologia do Seapac, avalia que esse tipo de encontro
"é uma forma de demonstrar o trabalho e as ações realizadas pelo Seapac ao longo destes 30 anos de história no estado, em nosso semiárido. Vejo também que para os visitantes é um caminho para aprender algo novo, conhecer novas técnicas e tecnologias de inovação que podem ser implantadas em suas regiões (casas, sítios e comércios) e é uma forma de construir novos horizontes.”
ele ainda acredita que são espaços de grande oportunidade para as famílias acompanhadas apresentarem sua realidade, os desafios e as conquistas.
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