Nesta semana, de 10 a 14 de dezembro, uma delegação africana composta de representantes de Burkina Faso, Níger e Senegal aporta no Ceará para conhecer as estratégias de convivência com o Semiárido brasileiro. Entre as experiências estão as cisternas de placas, o sistema de reuso de águas, quintal produtivo, casas de sementes e biodigestor. O intercâmbio é fruto da parceria entre a Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) e a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).
No Semiárido cearense, os visitantes vão conhecer experiências acompanhadas por diversas organizações que compõem o Fórum Cearense pela Vida no Semiárido (FCVSA), que representa a ASA no Ceará, em oito municípios: Quixadá, Choró, Quixeramobim, Senador Pompeu, Ibaretama, Barreira, Ocara e Chorozinho.
Para o coordenador da ASA pelo Ceará e secretário de Finanças da Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado do Ceará (Fetraece), Luiz Carlos Ribeiro, há uma expectativa bastante positiva dos agricultores e agricultores e das organizações para trocar experiências com os representantes africanos.
“Todas as experiências visitadas são de iniciativa dos próprios agricultores e agricultoras experimentadoras que conseguiram se consolidar enquanto experiência, enquanto política pública. Algumas já com investimento de governo e sendo socializadas para outras famílias. Então é de fundamental importância saber que nossos agricultores são detentores de sabedoria, de experiência, de iniciativa, que os tornam resistentes, persistentes e preparados para conviver com o Semiárido”, ressalta Luiz Carlos.
O coordenador do Programa Um Milhão de Cisternas (P1MC) da ASA, Rafael Neves, destaca que as experiências de convivência com o Semiárido foram fundamentais para mudar o quadro de insegurança alimentar no Brasil e podem inspirar os países africanos a enfrentar esse problema, de acordo com suas realidades.
Fonte: www.asabrasil.org.br
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