O Governo Federal sinalizou uma redução do valor do Plano Safra da Agricultura Familiar deste ano de R$ 31 bilhões para R$ 26 bilhões. A notícia foi apresentada durante uma reunião entre gestores e lideranças dos movimentos do campo sobre a política de construção e liberação dos recursos do Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) para os próximos anos.
Além disso, os agricultores e agricultoras familiares também poderão sofrer perdas referente aos juros de custo do financiamento. Segundo Alexandre Bergamin, da Confederação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (Contraf Brasil), representantes do Banco Central afirmaram que não será possível manter a proposta do Governo entre 2,5% a 3,6% ao ano e a probabilidade é de ampliação da taxa, após fixada. “O Banco Central rebateu o próprio governo. É uma preocupação a mudança do indexamento do juro fixo para variável. Sairá muito caro para o agricultor a alíquota apresentada pelo BC de 4,6% ao ano. A exemplo da cultura do trigo, com a taxa mais o seguro agrícola, o custo anual para o produtor poderá ficar a 12,1%”.
A previsão de lançamento do Plano Safra foi estimada para junho deste ano. De acordo com Alexandre, ficou encaminhado que o Governo deve se reunir novamente com as lideranças dos movimentos em maio, para discutir as propostas apresentadas pelas organizações. “Nossa proposta é de R$ 40 bilhões. Justificamos para o Estado que se sua política governamental for de inclusão das diversas famílias agricultoras que ainda não conseguem acessar o crédito, como também de diversificar as culturas e financiamentos, é preciso aumentar os recursos”, explica Bergamin.
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