Pode receber a vacina quem recebeu pelo menos duas doses de vacinas Coronavac, Astrazeneza ou Pfizer há pelo menos quatro meses. Esquema de vacinação depende de gestores locais.
Por g1 — Redação Brasília | Brasil
O governo anunciou nesta segunda-feira (24) a ampliação do reforço com a vacina bivalente contra a Covid para todos acima de 18 anos.
Em nota, o Ministério da Saúde afirma que a recomendação "tem o objetivo de reforçar a proteção contra a doença e ampliar a cobertura vacinal em todo país."
Segundo a pasta, a partir de agora cerca de 97 milhões de brasileiros poderão procurar as unidades de saúde para receber o reforço. A vacinação em cada cidade, no entanto, depende de decisão dos gestores locais.
Como o Sistema Único de Saúde (SUS) é de gestão compartilhada, os municípios têm autonomia para decidir como farão a vacinação, podendo inclusive escalonar por faixas etárias dentro da recomendação do ministério por questões de estoque e organização.
A medida vale para quem já recebeu, pelo menos, duas doses de vacinas Coronavac, Astrazeneca ou Pfizer -- como esquema primário ou como dose de reforço -- há pelo menos quatro meses desde a última dose.
Também pode receber quem ainda não completou o ciclo vacinal e está com alguma dose de reforço em atraso.
Balanço
Segundo balanço do ministério, até a última semana mais de 10 milhões pessoas já haviam recebido reforço por meio da vacina bivalente, sendo 8,1 milhões das doses em idosos com 60 anos ou mais.
Na nota técnica em que emite a recomendação, a pasta reitera a importância de incentivar quem não foi vacinado a receber o esquema primário completo e dose de reforço - por enquanto, crianças e adolescentes com idade entre 5 anos e 17 anos, 11 meses e 29 dias receberão reforço em vacina monovalente.
"Ressalta-se que o Ministério da Saúde mantém a recomendação de vacinação contra a covid19 de toda a população elegível acima de 6 meses de idade considerando as especificidades da população e epidemiologia do país", diz o texto.
O que são as vacinas bivalentes?
As principais vacinas utilizadas no combate à pandemia são as chamadas "monovalente", eficazes contra casos graves, óbitos e hospitalizações mas fornecendo menos proteção frente à chamada variante dominante.
Variantes são "versões" do coronavírus derivadas de mutações (um fenômeno normal). Hoje, a variante dominante é a ômicron, que é bem diferente do vírus original.
As vacinas bivalentes são imunizantes elaborados para oferecer uma proteção extra contra a ômicron e suas subvariantes.
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