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Governadores do Nordeste temem colapso na saúde


Verbas anunciadas pelo Ministério da Saúde têm chegado "a passo de tartagura" a estados e municípios (Foto: Anderson Riedel/PR)

Os governadores Rui Costa (Bahia), Wellington Dias (Piauí) e Fátima Bezerra (Rio Grande do Norte) denunciaram “lentidão” na liberação de recursos federais para auxiliar no combate à pandemia de coronavírus. Sem a renegociação das dívidas e a compensação das perdas com a queda na arrecadação, a previsão é de que o atendimento nos estados e municípios pode “colapsar”. Além da lentidão e da escassez de recursos federais, eles também afirmaram que são “ínfimas e irrisórias” as cargas de materiais e equipamentos de proteção pessoal (EPIs) enviados pelo governo federal aos estados e municípios.


Assim, as receitas dos estados devem cair cerca de 40% nos próximos três meses, preveem os governadores, em função da queda na atividade econômica devido às medidas de isolamento social necessárias ao combate à pandemia. Por outro lado, as despesas têm aumentado em torno de 40%. Sem o socorro do governo federal, as novas unidades de UTI e leitos de enfermaria podem ter de fechar por falta de recursos para custeio e pagamento de pessoal. Na última quinta-feira, 9 de abril, os governadores participaram de reunião do diretório nacional do PT, por vídeoconferência, que contou com a participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.


Segundo Rui Costa, a Bahia recebeu R$ 69 milhões para ações de combate ao coronavírus. “Vivemos no fio da navalha. Quanto mais alongamos a curva e salvamos vidas humanas, maior será o impacto financeiro”, disse o governador. Esses recursos cobrem apenas 30% dos gastos em saúde.


Para dimensionar os investimentos que estão sendo realizados, o governador Wellington Dias afirmou que estado do Piauí está abrindo mais de 400 leitos de UTI. Os testes para diagnosticar a contaminação pelo coronavírus custam cerca de R$ 6 milhões o pacote com 50 mil unidades. Ele prevê que o estado necessite de pelo menos 500 mil.


A governadora Fátima Bezerra endossou o retrato pintado pelos outros governadores sobre a situação dramática das contas públicas dos estados. “A queda nas receitas é brutal”, disse. Sobre a ajuda federal, afirmou ter recebido, até o momento, apenas R$ 10 milhões. “Continuamos a passo de tartaruga em relação à lentidão da liberação de recursos”.

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