Por Megan Rowling
O maior fundo internacional para o combate à mudança climática no mundo em desenvolvimento aprovou um investimento de cerca de um bilhão de dólares em novos projetos e iniciou um processo para reabastecer seu cofre, colocando-o de volta nos trilhos depois de alguns meses difíceis. Um avanço na reunião mais recente do conselho do Fundo Verde do Clima (GCF), que terminou na noite de sábado, no Barein, foi visto como crucial para encaminhar bem as conversas climáticas da Organização das Nações Unidas (ONU) em dezembro, cuja meta é combinar regras para a adoção do Acordo de Paris de 2015, contra o aquecimento global.
Pesquisadores do Instituto de Recursos Mundiais (WRI), sediado nos Estados Unidos, presentes na reunião do conselho, disseram que o GCF "voltou aos trilhos" depois que um encontro em julho fracassou devido a desavenças políticas. "Estamos em uma situação muito melhor para estas conversas climáticas decisivas em dezembro", disse Joe Thwaites, um associado do Centro de Finanças Sustentáveis do WRI.
O GCF foi criado em meio às tratativas climáticas da ONU, e inicialmente os países doadores prometeram mais de 10 bilhões de dólares em 2014 para custear projetos que ajudariam nações mais pobres a reduzir as emissões causadoras do aquecimento e a se adaptarem para eventos climáticos extremos e a elevação dos mares. Mas nem tudo tem dado certo. O fundo, sediado na Coreia do Sul, vem enfrentando questionamentos sobre a maneira como deveria ser administrado por seu conselho de 24 membros, que equilibra representantes de países desenvolvidos e em desenvolvimento.
O fundo também sofre com uma escassez de dois bilhões de dólares desde que o presidente dos EUA, Donald Trump, decidiu no ano passado que seu país deveria romper com o Acordo de Paris e indicou que não concederia os dois terços restantes de uma promessa de 3 bilhões de dólares ao GCF.
Fontes: Reuters / www.domtotal.com
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