Em defesa do Fundo Amazônia e da continuidade do programa, a Associação dos Funcionários do BNDES (AFBNDES) e a Associação dos Servidores Públicos do Ibama e ICMBio (Asibama) lançaram um portal para divulgar informações e chamar a atenção para o tema. Em seu manifesto, os organizadores lembram que, depois de dez anos desde sua criação, o fundo se consolidou "como um dos instrumentos financeiros mais eficientes e reconhecidos, no cenário nacional e internacional, em termos de transparência, governança participativa, diversidade de beneficiários, auditorias e avaliações, e resulta dos impactos concretos já alcançados".
A gestão do Fundo Amazônia virou foco de uma crise, depois que Ricardo Salles declarou ter encontrado "fragilidades na governança e implementação" dos projetos do fundo em contratações feitas pelo BNDES. Paralelamente, o banco público, que administra os recursos, afastou a chefe do Departamento de Meio Ambiente, Daniela Baccas. Inconformado com a decisão, Gabriel Visconti, chefe de Daniela e responsável pela gestão pública e socioambiental do BNDES, pediu para deixar o cargo.
A AFBNDES e a ASIBAMA já organizaram, no Rio, um ato contra as mudanças propostas por Salles. "Com uma canetada a Presidência da República decidiu extinguir, a partir do dia 28 de junho de 2019, o Comitê Orientador do Fundo Amazônia e o Comitê Técnico do Fundo Amazônia, fundamentais para a governança do Fundo. Na prática, eles querem aumentar a força do Ministério do Meio Ambiente nas decisões sobre como aplicar o dinheiro", diz um texto publicano no site lançado nesta terça-feira.
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