As famílias que produzem alimentos e verduras nos quintais produtivos da região do Alto Oeste do Rio Grande do Norte diversificaram bastante a produção, a partir da implantação da Feira Agroecológica que acontece às quartas-feiras e aos sábados, na cidade de São Miguel-RN. Um exemplo é a família de dona Lucelma e seu José Romildo, do sítio Açude, naquele município. Além de diversificar a produção, a família também passou a produzir alguns alimentos processados, como bolos e doces e até um vinagre, à base de cana de açúcar e palha de milho roxo.
Atualmente, no quintal produtivo, a família produz banana, mamão, acerola, caju, manga, graviola, pimenta, tomate cereja, macaxeira e milho. Dona Lucelma e seu Romildo também criam galinha para corte e para a postura. E tudo que produzem levam para comercialização na feira, além de terem enriquecido o cardápio alimentar. Além de vender os produtos na feira, uma parte da produção é vendida ao PNAE, pela Compra Direta.
Tudo isso foi apresentado às demais famílias no dia de Partilha de Saberes em agroecologia, realizado neste dia 8. Na ocasião, a família também partilhou uma descoberta interessante. Juntamente com o agrônomo Fabrício Edino, do núcleo do Seapac em Pau dos Ferros-RN, a família desenvolveu um produto natural que acelera o amadurecimento da banana. É feito a partir das cascas de tomate cereja, banana e de caju bem maduros, misturado com frutas e álcool. Passa tudo no liquidificador, coa num pano e borrifa o líquido nas pencas de bananas, utilizando um borrifador manual. “Em dois ou três dias, as bananas estão todas maduras, por completo, homogeneamente. Assim, eles não precisam usar produto químico, como carbureto ou outros”, comenta Fabrício.
Outros momentos do dia de partilha de saberes(Fotos: Fabrício Edino):