A FAO alertou sobre a perda drástica de biodiversidade no mundo, principalmente na América Latina, onde se registra o declínio do maior número de espécies de alimentos silvestres. O primeiro informe mundial sobre o estado da biodiversidade que sustenta nossos sistemas alimentares, elaborado pela organização especializada das Nações Unidas, apresenta provas "crescentes e preocupantes" de que a biodiversidade está desaparecendo e, o mais grave, que "não pode ser recuperada".
Esse fenômeno "põe em grave perigo o futuro de nossos alimentos e meios de subsistência, de nossa saúde e do meio ambiente", aponta a entidade. A biodiversidade para a alimentação e a agricultura inclui todas as plantas e animais - silvestres e domésticos - que nos proporcionam alimentos, combustível e fibra, explica a entidade, preocupada com a ameaça que sua perda representa para o sistema alimentar. "Menos biodiversidade significa que as plantas e os animais são mais vulneráveis a pragas e doenças. A perda crescente de biodiversidade para a alimentação e a agricultura, agravada por nossa dependência de cada vez menos espécies para nos alimentarmos, está levando nossa já frágil segurança alimentar à beira do colapso", denuncia a FAO.
A mudança climática, a eliminação das espécies que polinizam o solo, a concentração da produção em poucas espécies e a ação dos mercados estão pondo em risco a segurança alimentar do planeta. O informe denuncia a diminuição da diversidade vegetal nas explorações agrícolas, o aumento do número de raças de gado em risco de extinção e o incremento da proporção de populações de peixes que sofrem com a sobrepesca. "De cerca de 6.000 espécies de plantas que cultivamos para obter alimentos, menos de 200 contribuem substancialmente com a produção alimentar mundial, e apenas nove representam 66% do total da produção agrícola", denuncia a FAO.
Fonte: www.domtotal.com
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