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Famílias do “Bonito do Acampamento” realizam Dia de Partilha


Alimentos produzidos dentro dos princípios da agroecologia (Foto: Fabrício Edino)

O Núcleo do Seapac em São Miguel, região do Alto Oeste do Rio Grande do Norte, através do agrônomo Fabrício Edino, realiza um Dia de Partilha, nesta quinta-feira, 11 de outubro, das 7 às 12 horas, na comunidade Bonito do Acampamento, área rural de São Miguel. Serão realizadas duas visitas – uma ao quintal do casal Jonas Bezerra e Sandra Maria do Carmo, e outra no quintal de Edmilson França de Aquino. “Vamos reunir outras famílias e mostrar a experiência destas duas que, desde 2016, depois que o Seapac começou a acompanhá-las e orientá-las, elas deixaram de usar os agrotóxicos”, informa Fabrício.


A comunidade Bonito do Acampamento tem fama de usar muito agrotóxico e, por isso, os produtos de lá são rejeitados pela população. “É senso comum de que todos os produtos do Bonito têm venenos. Mas isso não é de todo verdade. Existem famílias, como estas que acompanhamos, que não usam venenos desde 2016”, explica Fabrício. Nesse dia de partilha participam as famílias que já vendem os produtos na Feira Agroecológica da Agricultura Familiar, de São Miguel, e várias outras do Bonito. O objetivo é mostrar que é possível produzir alimentos sem usar os agrotóxicos.


Outro objetivo do Dia de Partilha é fazer um grande movimento de sensibilização em favor da Agroecologia. “Também pretendemos fazer com que essas famílias, que já produzem sem agrotóxicos, sejam reconhecidas como produtores agroecológicos. Já estamos concluindo o ajuntamento de toda documentação para dar entrada no Ministério da Agricultura, ainda neste mês de outubro”, informa o Agrônomo do Seapac. Com essa documentação, as famílias requerem e recebem o certificado de “Produtores Orgânicos sem Certificação”, fornecido através do sistema Órgão de Controle Social (OCS), formado por produtores, consumidores e colaboradores.


Além de conhecerem as duas experiências, as famílias também vão aprender como produzir adubo líquido, feito no local, usando materiais que as famílias já dispõem no próprio quintal. Outro momento será sobre a agregação de valor aos produtos. “Isso pode ser conseguido com o uso de embalagens, de rótulos e outros cuidados com os produtos que vão ser comercializados nas feiras”, comenta Fabrício Edino.

MAIS FOTOS (Fabrício Edino):



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