O Fórum Social das Resistências divulgou, nesta sexta-feira (24), a Carta de Porto Alegre, documento que reúne as principais propostas e alternativas de enfrentamento à agenda neoliberal fascista que avança sobre o Brasil e pelos demais países da América Latina. O lançamento da Carta encerra o encontro com lideranças e movimentos sociais nacionais e internacionais que, desde terça-feira (21), debatem e trocam experiências para o acúmulo de forças diante da ascensão da extrema-direita.
Convidados de diversos países participaram ainda de assembleias e reuniões sob o lema “Democracia, Direitos dos Povos e do Planeta”, em sindicatos, universidades e ocupações na capital gaúcha. O encontro é uma preparação para o Fórum Social Mundial que ocorrerá no próximo ano, no México, e faz contraponto ao Fórum Econômico Mundial, que ocorre paralelamente nesta semana, em Davos, na Suíça.
No encontro econômico, a apresentação do Brasil vem sendo feita pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, do governo de Jair Bolsonaro, que já anunciou uma maior abertura do mercado interno a empresas estrangeiras. Um momento fundamental para organizar a resistência com a confirmação da agenda ultraliberal, como destaca a deputada federal Fernanda Melchiona (Psol-RS). “Em 2020 a agenda será muito pesada”, aponta. “Eles querem entregar para os grandes capitalistas internacionais não só nossas riquezas, mas também a soberania no Brasil. É extremamente grave e esse fórum é fundamental nessa confluência das resistências. É preciso ganhar o povo para a nossa luta”, destaca a deputada.
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