O Fórum Nacional de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos e Transgênicos emitiu nota técnica de apoio à medida judicial que suspende o registro de todos os produtos à base de abamectina, glifosato e tiram, até que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) finalize a reavaliação toxicológica desses três ingredientes ativos.
Segundo determinação em caráter liminar, assinada pela juíza Luciana Raquel Tolentino de Moura, da 7ª Vara da Seção Judiciária do Distrito Federal, a agência tem até 31 de dezembro para concluir a reavaliação. Em caso de descumprimento da decisão, haverá multa diária de R$ 10 mil. E o servidor público responsável pelo atraso no cumprimento da determinação será processado nos âmbitos civil, administrativo e penal.
A nota técnica destaca especialmente a característica cancerígena do glifosato. Em 2015, a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer da Organização Mundial da Saúde (Iarc, da sigla em inglês) classificou a substância como provável cancerígeno.
Recentemente, a Monsanto foi multada nos Estados Unidos em R$ 1,1 bilhão por ter causado câncer em trabalhador exposto ao herbicida. Além do câncer, o glifosato está associado a alterações hormonais, reprodutivas, comprometimento hepático e renal, sendo responsável por ampla contaminação da água e dos alimentos, fatores que devem ser avaliados em conjunto para definir os impactos à saúde humana, em especial de crianças e idosos, que são os grupos mais vulneráveis ao desenvolvimento dessas doenças.
Fonte: www.redebrasilatual.com.br
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