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Energias renováveis quadruplicaram no mundo em 10 anos


Os 20 países que mais investiram em energias renováveis entre janeiro de 2010 e o fim de junho de 2019. (AFP)

As energias renováveis viram sua capacidade de produção quadruplicar no mundo em 10 anos, embora isso não tenha impedido o crescimento das emissões do setor energético - aponta um relatório divulgado antes da cúpula climática da ONU. Investimentos em energia eólica, biomassa, hidrelétrica e, sobretudo, solar atingiram nesta década mais de 2,5 trilhões de dólares, impulsionados pela queda nos custos, informa o relatório anual produzido pela Escola de Finanças e Administração de Frankfurt e Bloomberg New Energy Finance (BNEF) com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).


De acordo com seus cálculos, que não incluem barragens com mais de 50 MW, as energias renováveis agora representam uma capacidade de 1.650 gigawatts (em comparação com 414 GW em 2009) e geraram 12,9% da energia global em 2018. A energia solar representa a maior parte dos 2.300 GW da capacidade total instalada ao longo da década, excedendo recursos fósseis, como carvão e gás. O relatório distingue 30 países que investiram mais de US$ 1 bilhão em energias renováveis durante esse período - enquanto ainda utilizam, em sua maioria, energias fósseis.


O maior investidor é, de longe, a China, principal emissor mundial de CO2, que gastou 760 bilhões em energia verde desde 2010. Desde 2009, o custo da energia gerada pelas usinas fotovoltaicas caiu 81%, e o a energia eólica terrestre, 46%, um aumento espetacular da competitividade. Para Françoise d'Estais, do PNUMA, "isso mostra que a transição do setor de energia está em andamento".

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