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Encontro de Sementes do Trairi foi rico em debates e saberes

Atualizado: 22 de mar. de 2019


IV Encontro de Sementes Crioulas do Trairi (Foto: José Bezerra)


Aproximadamente 80 pessoas participaram do IV Encontro de Sementes Crioulas do Trairi, realizado nestes dias 19 e 20 de março, nas dependências do Instituto Federal de Santa Cruz. A primeira parte do evento foi um momento institucional alusivo aos 25 anos do Seapac, com uma fala do Coordenador Estadual, Diácono Francisco Teixeira. Houve, ainda, depoimentos de beneficiários e parceiros enaltecendo as ações da instituição. Em seguida, houve a exibição do documentário “Semente de Transformação”, mostrando ações do Seapac, concluindo a parte da manhã.


À tarde, houve o primeiro painel temático do evento, sobre “Riscos de contaminação da biodiversidade”, com presença de dois representantes do Governo do Estado – Antônio Carlos, Coordenador da Agropecuária da SAPE e do Programa de Sementes; e Alessandro Anton Lopes Nunes, coordenador do Programa de Convivência com o Semiárido e Agroecologia. A mediação foi feita pelo Coordenador da Asa Potiguar, Marcírio Lemos, que faz uma exposição sobre uma proposta de Lei de Aquisição de Sementes, aprovada na legislatura passada, porém vetada pelo então Governador do Estado. Nas falas, constatou-se que o risco de contaminação da biodiversidade pelos transgênicos é real, porque já existem casos concretos. O fato aponta para a necessidade de um cuidado e atenção cada vez maior da parte dos agricultores, com relação às sementes crioulas e as transgênicas.



Painel com presença de agricultoras e agricultores (Foto: José Bezerra)

O segundo dia, 20 de março, teve dois momentos. O primeiro, um Painel Temático sobre “As Sementes Crioulas da Região do Trairi”, sob a coordenação do Agrônomo Damião Santos, do Seapac, com falas de cinco agricultores e agricultoras. Houve exposições e um momento de partilha através grupos de trabalho. Ainda pela manhã, houve uma Feira de Troca de Sementes e saberes. Foram momentos ricos de troca de saberes e de sementes, entre as agricultoras e os agricultores.


Após o almoço, os grupos de trabalho apresentaram o resultado das discussões, inclusive com sugestões, entre as quais apareceram várias defendo a instalação de Casas de sementes crioulas. Foram fortes as críticas aos governos, principalmente em relação ao programa estadual de distribuição de sementes para plantio, que sempre chegam depois de um ou dois meses do período chuvoso. Por fim, Ana Almeida, da RESAB, coordenou a mística de encerramento do evento.

Fotos de outros momentos:



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