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Em 50 anos a Amazônia pode entrar em colapso

Foto do escritor: Equipe de ComunicaçãoEquipe de Comunicação

A Amazônia é a maior floresta tropical do mundo e cerca de 20% da bacia amazônica desapareceu desde 1970 (Foto: AFP/Arquivos)

A floresta amazônica está chegando a um ponto sem retorno sob o efeito das mudanças climáticas e pode se transformar em uma savana árida dentro de meio século – alertam pesquisadores em um estudo publicado na Nature Communications. Outro importante ecossistema, o recife de coral do Caribe, pode desaparecer em 15 anos se também passar por um ponto sem retorno, disseram cientistas do mesmo estudo. Essas mudanças teriam consequências dramáticas para os seres humanos e para outras espécies que dependem desses habitats, avisam os pesquisadores.


Nos dois casos, as causas dessas modificações são as mudanças climáticas provocadas pela ação do homem, assim como pelos danos ambientais – desmatamento, no caso da Amazônia; poluição e acidificação oceânica, para os corais. Segundo os trabalhos dos especialistas do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU (IPCC, na sigla em inglês), 90% dos corais em águas rasas estarão condenados, se o aquecimento global atingir 1,5 grau Celsius em comparação com o período pré-industrial. Um aumento de 2 graus Celsius significará seu desaparecimento quase completo. O aquecimento já atingiu 1 grau Celsius.


Em relação à Amazônia, o ponto de inflexão é menos claro, mas os cientistas acreditam em que a perda de 35% de sua superfície provocará seu desaparecimento. Cerca de 20% da floresta amazônica, que cobre mais de cinco milhões de quilômetros quadrados em sete países, foi arrasada desde 1970, principalmente para o cultivo de soja, madeira, óleo de palma, biocombustíveis, ou criação de gado. Só no Brasil, que abriga mais da metade da floresta, mais 19% da floresta desapareceu nos últimos 50 anos. "A humanidade deve se preparar para mudanças muito mais rápido do que o esperado", alertou o principal autor do estudo, Simon Willcock, da Universidade de Bangor.

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