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Dois terços dos maiores rios do mundo estão obstruídos pelo homem


A represa hidrelétrica de Soubré no rio Sassandra, Costa do Marfim, em 6 de março de 2017. (AFP)

Quase dois terços dos maiores rios do mundo estão obstruídos por represas e outras infraestruturas, o que ameaça os ecossistemas e as comunidades que dependem dos mesmos, afirma um estudo que também questiona a hidreletricidade como alternativa às energias fósseis. Uma equipe internacional de cientistas examinou quase 12 milhões de quilômetros de rios no mundo e criou a primeira cartografia mundial do impacto das construções humanas nestes canais.


O estudo, publicado esta semana pela revista Nature, conclui que apenas 37% dos 246 rios que superam 1.000 km ainda são de "corrente livre", ou seja, sem obstáculos, e apenas 21 deles correm de forma ininterrupta de sua fonte até o mar. A maioria dos canais "selvagens" fica principalmente em regiões muito isoladas, como o Ártico, a Amazônia e a Bacia do Congo. "Mas os rios de corrente livre são tão importantes para os homens como para o meio ambiente", afirmou Günther Grill, da universidade canadense McGill.


Estes ecossistemas e os peixes que habitam neles são, de fato, cruciais para a segurança alimentar de centenas de milhões de pessoas, pois formam uma proteção contra as inundações e aportam os sedimentos aos grandes deltas. Os cientistas atribuem o problema às estradas nas várzeas, às reservas de água, mas especialmente às represas hidrelétricas. Atualmente, existem 2,8 milhões de represas no mundo, das quais 60.000 de pelo menos 15 metros de altura, segundo o estudo. Mais de 3.700 estão em construção ou na fase do projeto.

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