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Dia de combate ao trabalho infantil: Erradicação pode estar ameaçada no Brasil

Atualizado: 15 de jun. de 2018


Criança trabalhando em lixão (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Na avaliação de especialistas, desmontes trabalhistas e cortes no orçamento podem impactar estatísticas

Por Júlia Dolce

O trabalho infantil voltou a crescer nos últimos três anos, depois de mais de uma década em queda. Os dados da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), registram contínua redução do número de crianças e adolescentes trabalhando no país entre 2005 e 2014. Em 2015, porém, o contingente voltou a crescer, alcançando 2,7 milhões.

Neste Dia Mundial e Nacional de Combate ao Trabalho Infantil, celebrado ontem, 12 de junho, especialistas alertam para a ameaça de que ainda mais crianças e adolescentes integrem essa estatística, especialmente levando em conta os desmontes de direitos trabalhistas em curso e os cortes nos orçamentos de programas sociais.

É o que aponta Guilherme Feliciano, presidente da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra). Para ele, um dos principais problemas são os cortes no orçamento dos auditores do trabalho.

"O investimento na área de fiscalização há algum tempo deixou de ser uma prioridade pelo governo federal. Hoje, você tem uma estagnação de anos no quadro de auditores fiscais do trabalho, que em relação ao trabalho infantil, tem uma função de ser o primeiro elo no processo de erradicação desse fenômeno. Eles estão em situação emergencial, estão comprometendo políticas públicas caras à própria agenda do trabalho recente, por conta desse baixo efetivo", afirmou.

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