O dado consolidado do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) sobre o desmatamento nos nove estados da Amazônia Legal Brasileira, medido pelo sistema Prodes, mostra uma destruição da floresta 42,8% maior do que era previsto pelo Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter). O valor estimado do desmatamento ficou em 9.762 quilômetros quadrados (km²) para o período de agosto de 2018 a julho de 2019, o que representa um aumento de 29,54% em relação a taxa de desmatamento apurada pelo Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes) em 2018, que totalizou 7.536 km².
Já o Deter emitiu alertas para 6.833,9 km² no período de agosto de 2018 a julho deste ano. A área desmatada na última apuração equivale a quase nove vezes a área da cidade de São Paulo. O Pará foi o que mais contribui para o desmatamento, representando 39,56% do total devastado, uma área de mais de 3,8 km². Em seguida, está o Mato Grosso, com 1,6 km², o que representa 17,26% do total; e o Amazonas, com 1,4 km², o equivalente a 14,56%. Os dados foram divulgados na segunda-feira, 18 de novembro.
O Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes) é um dado anual, resultado da análise de imagens do satélite Landsat ou similares para registrar e quantificar as áreas desmatadas maiores que 6,25 hectares. O Prodes só considera desmatamento quando há remoção completa da cobertura florestal primária por corte raso, independentemente para qual uso. O sistema Deter, por sua vez, mostra a tendência de desmatamento, com medições diárias. Esse sistema já indicava o aumento da área devastada, mas não no volume confirmado pelo Prodes.
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