Com mais procura e menos vagas, a taxa de desemprego subiu para 11,6% no trimestre encerrado em fevereiro/2020, ante 11,2% em novembro/2019, informou nesta terça-feira, 31 de março, o IBGE. A taxa é menor do que há um ano (12,4%), basicamente por causa do trabalho informal. O instituto mostra ainda um número recorde de pessoas fora da força de trabalho (65,9 milhões). Os 11,6% correspondem a 12,343 milhões de desempregados no país. São 479 mil a mais em três meses (4%) e 711 mil a menos em 12 meses (-5,4%).
“É normal que no início do ano ocorra essa interrupção (na redução do desemprego), porque já vínhamos numa trajetória de taxas declinantes no fim do ano. Não tínhamos visto essa reversão em janeiro, no entanto, ela veio agora no mês de fevereiro, provocada por uma queda na quantidade de pessoas ocupadas e um aumento na procura por trabalho”, comentou Adriana Beringuy, analista da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) – que foi feita apenas por telefone, devido à pandemia de coronavírus.
Na comparação com fevereiro de 2019, a pesquisa aponta 1,830 milhão de ocupados a mais, crescimento de 2%, para um total de 93,710 milhões. Mas, nesse período, o que mais cresce é o emprego informal. De acordo com a pesquisa, em 12 meses o país teve acréscimo de 646 mil empregados com carteira no setor privado, aumento de 2%. Em todas as outras categorias, a informalidade avança mais: empregados sem carteira no setor privado (5,1%, 569 mil), trabalhadores por conta própria (3,2%, 766 mil), sem carteira no setor público (6%, 128 mil) e trabalhador doméstico sem carteira (2,5%, 111 mil).
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