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CSN tem prazo para retirar famílias do entorno da barragem de Congonhas


Barragem foi construída a 250 metros de casas nos bairros Cristo Rei e Residencial Guarter Monteiro (Foto: DAM PROJETOS DE ENGENHARIA/VIA SEESP)

O Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG) assinou hoje (12) recomendação para que a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) remova 600 famílias moradoras dos bairros Cristo Rei e Residencial Guarter Monteiro, no entorno da barragem Casa de Pedra, em Congonhas. E que garanta o pagamento emergencial de aluguel de casas no valor de R$ 1.500 por mês em bairros com infraestrutura e oferta de creches e escolas, até que se tenha um plano.


A recomendação contempla reivindicações da população e do Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB), que contam com apoio da Igreja Católica. A barragem está a 250 metros desses bairros. "Se houver rompimento, esses bairros serão atingidos em segundos. Não haveria nem tempo de correr. A população não está tranquila, tem muito medo. Recentemente foram fechadas uma escola e uma creche porque os pais têm medo de mandar seus filhos. Mas não estão seguros também em casa. A Casa de Pedra é a maior barragem localizada em área urbana da América Latina", disse o promotor Vinicius Alcântara Galvão, da Promotoria de Justiça da Comarca de Congonhas.


O promotor evita falar em perigo iminente de rompimento. E destaca o caráter preventivo da recomendação. "Temos de evitar um desastre, e não tomar providências depois. A CSN tem de assumir sua responsabilidade de poluidor pagador. Quando construiu ali a barragem, que foi sendo ampliada com o passar do tempo, essas famílias já moravam ali", disse. A companhia é obrigada a apresentar uma resposta em até 10 dias. Convidada para a reunião, não mandou nenhum representante, alegando não ter recebido comunicado. Se não houver entendimento nesse prazo, o MP deverá entrar com ação civil pública.

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