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CSN ignora Ministério Público e se recusa a retirar famílias de entorno de barragem

Foto do escritor: Equipe de ComunicaçãoEquipe de Comunicação


A barragem Casa de Pedra, em Congonhas, está a 250 metros da área urbana, o que agrava o potencial de danos à estrutura já comprometida (Foto: reprodução do Youtube)

A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) ignorou recomendação do Ministério Público do estado de Minas Gerais, que por meio da promotoria de Justiça de Congonhas pediu a retirada de 600 famílias moradoras dos bairros Cristo Rei e Residencial Guarter Monteiro, no entorno da barragem Casa de Pedra. De propriedade da empresa, a barragem de rejeitos de mineração tem um dique que fica a cerca de 250 metros desses bairros, com risco de rompimento.


No último dia 12, o promotor Vinicius Alcântara Galvão deu prazo de dez dias úteis para a CSN se manifestar no sentido de garantir aluguel de casas no valor de R$ 1.500 por mês em bairros com infraestrutura e oferta de creches e escolas, até que se tenha um plano. A recomendação contemplava reivindicações da população e do Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB), que contam com apoio da Igreja Católica.


Expirado o prazo de negociações, a promotoria buscará na Justiça, por meio de ação civil pública, a garantia dos direitos dos moradores negligenciados pela empresa. De acordo com o promotor, a resposta da CSN resumiu-se, basicamente, à afirmação de que a barragem possui laudo atual de estabilidade. No entanto, nos anos de 2013, 2014 e 2017, apresentou vulnerabilidade.

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