O Consórcio Nordeste, formado pelos nove governadores da região para o desenvolvimento sustentável dos estados, criou a Brigada Especial de Saúde nesta última semana de abril. A iniciativa deve reforçar as equipes de saúde no combate ao novo coronavírus. O objetivo é multiplicar o contingente de profissionais em campo com a contratação temporária, por seis meses, de estudantes, médicos formados no exterior e voluntários para atuarem na prevenção e assistência à população.
Segundo o coordenador da Comissão Científica do Consórcio Nordeste, o neurocientista Miguel Nicolelis, a estratégia de atuação dos profissionais contratados será feita com base em informações sobre o coronavírus fornecidas pela própria população, por meio do aplicativo “Monitora Covid-19”, desenvolvido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Ele afirma que a implantação da medida tem de ser imediata. “Como as pessoas vão poder fornecer dados clínicos pelo aplicativo, a gente vai ter uma noção de onde estão os pacientes que precisam de ajuda imediata. A Brigada vai ser o braço efetuador dessa estratégia. Armada das localizações, a Brigada vai agir nos municípios, nos bairros, nas residências, tratando das pessoas. E se for comprovado que elas têm o coronavírus, isolando elas para que não aumente os casos de infectados”, explica Nicolelis.
Para o neurocientista, a Brigada também é uma oportunidade de profissionais que não podem exercer a medicina por não conseguirem revalidar diplomas estrangeiros – atualmente, são cerca de 15 mil no país – cumprirem a “missão de salvar dezenas e até centenas de milhares de vidas no Nordeste”.
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