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Conferência do Clima da ONU em Madri termina sem acordo

Foto do escritor: Equipe de ComunicaçãoEquipe de Comunicação

Conferência mais longeva da história terminou sem acordo entre os países / Foto: Oscar Del Pozo/AFP

A Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (COP-25) terminou nesse sábado (15) sem qualquer avanço nos acordos para a redução de emissões de gases que causam mudanças climáticas. A edição, que neste ano aconteceu em Madri, na Espanha, teve a mais longeva discussão entre os quase 200 países presentes, mas resultou apenas em intenções de ampliação das metas, que serão discutidas somente na próxima edição, que acontece em 2020, em Glasgow, na Escócia. “Essa era uma COP de chamado à ambição, à ação climática. Então, esperava-se não só os resultados da conferência, mas diretrizes concretas no aumento do nível de ambição das metas, e que os países se comprometessem a fazer mais, no primeiro período de compromisso das metas de Paris (COP-21), que começa a partir da COP do ano que vem”, aponta Carlos Rittl, cientista do Observatório do Clima.


Secretário de Assuntos de Soberania Nacional e Cidadania Fabio Mendes Marzano e o Diretor do Departamento de Meio Ambiente do Itamaraty, Leonardo Cleaver (Foto: Oscar Del Pozo/ AFP)

Entre os pontos que não obtiveram acordo está o financiamento para o combate às ações de mudanças climáticas. Não houve acordo sobre a liberação de cerca de US$ 100 bilhões por ano, até 2025, para o apoio a países em desenvolvimento na implementação de ações para a redução de emissões e adaptação às mudanças climáticas. Segundo Rittl, diversos países dependem exclusivamente desse tipo de financiamento para avançar em ações de redução. “E essas ações devem começar o mais rápido possível”, completa.


O Brasil, que costumava encabeçar as discussões sobre mudança climática, com metas mais ambiciosas que os demais países, voltou a ser protagonista, mas desta vez, de maneira negativa. Os representantes brasileiros se juntaram aos grandes emissores de carbono do mundo, como Estados Unidos, China e Índia e impediram a inclusão de alguns temas no relatório final, travando as negociações.

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