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Comissão de Sementes do Polo da Borborema debate consórcios agroecológicos


Representantes de bancos de sementes do Polo da Borborema (Foto: Asabrasil/Aspta.org.br)

A Comissão de Sementes do Polo da Borborema realizou a primeira reunião de 2020, no último dia 23, com representantes dos mais de 60 Bancos de Sementes Comunitários do território de atuação do Polo. O encontro teve como objetivos debater a implementação de uma nova ação no território, visando o fortalecimento dos consórcios agroecológicos e a revitalização de antigas culturas de renda no território da Borborema, a exemplo do algodão, da batatinha, da mandioca e da erva-doce, todas em bases agroecológicas.


Divididos em grupos por regiões e seus microclimas, os participantes fizeram desenhos dos seus roçados diversificados e descreveram as formas de plantio e manejo dos consórcios mais comuns, apresentaram à plenária e fizeram observações do conjunto. “A gente percebe muitas diferenças no ambiente; em um lugar a chuva é mais prolongada, no outro já é mais passageira; em um as folhas costumam a cair, no outro já não, são diferenças ambientais importantes e as pessoas vão aprendendo a conviver e se adaptando a partir das características do seu lugar”, observou Euzébio Cavalcanti, do Assentamento Queimadas, e do Sindicato dos Trabalhadores Rurais do município de Remígio.


A iniciativa dos consórcios agroecológicos visa ainda o fortalecimento da ação com as sementes locais, ou ‘Sementes da Paixão’, como são conhecidas na Paraíba, promovendo a ampliação do beneficiamento e empacotamento dos derivados do milho não transgênico e das sementes crioulas e o resgate de variedades das Sementes da Paixão. “É preciso que os consórcios estejam vinculados aos Bancos de Sementes Comunitários. O trabalho será feito nos locais onde já existem os bancos, até para ajudar a animar aqueles onde existe alguma dificuldade”, explicou Emanoel Dias, assessor técnico do Núcleo de Sementes da AS-PTA.


O projeto beneficiará 200 famílias ao final de dois anos e meio e conta com o apoio do Instituto C&A. Para a comercialização específica do algodão, existe a parceria com a Organic Cotton Collors, que após diálogo estabeleceu uma série de acordos com o projeto, entre eles o de não comprar de famílias que não estejam articuladas em grupo e o de pagar um adicional de 30% no valor do produto orgânico certificado ou em transição agroecológica.

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