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Chapada do Apodi: direitos humanos, conflitos e resistência socioambiental


Reunidos em Apodi-RN para defender a Economia Solidária (Foto: Ellen Dias)

O Seminário “Encontro de Saberes: Comunidades camponesas e academia construindo a resistência na Chapada do Apodi” foi realizado no período de 2 a 4 deste mês de setembro, no município de Apodi, situado na Chapada do Apodi, Rio Grande do Norte. O evento foi idealizado pelo sindicato dos trabalhadores rurais e a Comissão Pastoral Regional Nordeste 2, para discutir a conjuntura e construir estratégias frente ao avanço das empresas do agrohidronegócio na região.


O objetivo central foi analisar a questão da luta pela terra e a agricultura familiar enquanto projetos democráticos que construíram respostas concretas para a população, bem como apresentar os rebatimentos que o agronegócio tem oferecido. Também visou defender a rede de economia solidária, a agroecologia, a democratização da água e da terra, não é apenas como questão de militância, mas de reconhecimento de seu significado e importância.


Os processos na chapada do Apodi se situam em um contexto amplo de extinção de políticas de proteção social e de fomento de condições dignas de vida para os povos campesinos. A política que vem sendo apresentada claramente desde 2012 com a criação do perímetro irrigado conhecido como “perímetro da morte” tem como perspectiva a implantação de grandes e médios empreendimentos do agronegócio no território. Isso é a adoção de uma prática de produção voltada à exportação sem priorizar a garantia da dignidade humana, a promoção da justiça social e o respeito aos direitos dos povos locais. Desse modo, a terra e a água são tratadas como mercadorias, sem considerar os danos ao meio ambiente e à saúde humana.

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