No dia 17 de junho, comemoramos o Dia Mundial de Combate à Desertificação e à seca. Esse dia foi criado pela Organização das Nações Unidas, para lembrar dos efeitos negativos que as secas podem causar em níveis regionais e globais.
O processo de desertificação consiste na perda da capacidade de determinado ecossistema de renovar os seus recursos biológicos, seja por culpa da ação humana ou das variações climáticas.
O Brasil participou da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação nos Países Afetados por Seca Grave e/ou Desertificação (UNCCD), desde 27 de junho de 1997, onde se comprometeu a evitar o desgaste dos recursos biológicos dos diferentes climas que compõem o país.
Ambiente da Caatinga (Foto: José Bezerra)
Mesmo assim, cerca de 3,2 bilhões de pessoas convivem com a degradação do solo e a consequente deterioração da cobertura vegetal, segundo o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres. No brasil, de acordo com estimativas do Laboratório de Análise e Processamento de Imagens e Satélites (Lapis), ligado à Universidade Federal de Alagoas (Ufal), cerca de 13% do nosso semiárido enfrenta o processo de desertificação.
A situação é ainda mais alarmante se olharmos para as chamadas "áreas suscetíveis a desertificação" (ASDs) do Nordeste brasileiro, nas quais o processo de formação de pequenos desertos pode se instalar se os fatores contribuintes forem mantidos. Além disso, segundo pesquisa realizada pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, principalmente por consequência de pressões antrópicas como a caça e a extração de madeira, fragmentos remanescentes de Caatinga enfrentam potencial degradação ambiental.
Sítio Espinheiro (Foto: José Bezerra)
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